Tenet, de Christopher Nolan

Wanna Be Nerd
3 min readOct 29, 2020

Um grande quebra-cabeça que causa um impacto mental, assim como foi em A Origem(2010) e Interstellar(2014), compondo uma trama cheia de reviravoltas e conexões. Tenet é a mais nova experiência de Christopher Nolan e traz características que não são novidade para quem acompanha a carreira do diretor, que é obcecado por tempo, espaço, mistérios que envolvem física e a nossa noção da realidade. Sem dúvida é a obra que mais engloba os símbolos da carreira do cineasta.

Trailer

Ficha Técnica

Título original e ano: Tenet, 2020. Direção e Roteiro: Christopher Nolan. Elenco: John David Washingon, Robert Pattinson, Elizabeth Debicki, Kenneth Branagh, Michael Caine, Clémence Poésy, Dimple Kapadia, Aaron Taylor-Johnson, Himesh Patel. Gênero: Action Sci-fi. Nacionalidade: Reino Unido e Estados Unidos da América. Trilha Sonora Original: Ludwig Görasson. Fotografia: Hoyte van Hoytema. Edição: Jennifer Lame. Figurino: Jeffrey Kurland. Design de produção: Nathan Crowley. Efeitos Especiais: Scott R. Fisher. Distribuição: Warner Bros Pictures. Duração: 02h30min.

A história é sobre o agente da CIA sem nome envolvido em uma operação para acabar com uma possível guerra mundial. O fim do mundo neste cenário viria de alguns mecanismos que ameaçam a realidade com o poder de inverter a entropia de objetos e pessoas. Resumindo é uma história de viagem no tempo, porém com outros artifícios, e esse é o centro de toda narrativa, o tempo. Apesar de ter um elenco forte liderado por John David Washington, o filme confunde o telespectador e em certos momentos é estupidamente previsível, tornando a obra um dos piores roteiros já escritos por Nolan. Muitas cenas criativas de ação preenchem a produção com lutas e perseguições megalomaníacas que acontecem em diferentes linhas temporais. É um filme tecnicamente perfeito porém com suas conclusões complicadas, não atingindo os objetivos que a própria produção estabelece. Nem mesmo nas sequências em que tudo é explicado e bem mastigado pelos personagens funcionam muito bem, com diálogos pobres malogrado em sua própria confusão. A inovação viria na nova forma engenhosa de contar uma história sobre viagem no tempo, as nossas escolhas, consequências e os paradoxos dessas escolhas, todos esses elementos já foram anteriormente abordadas em filmes do gênero, mas em Tenet percebemos novas ferramentas que prendem a atenção do espectador. É difícil criar empatia pelos personagens que mais parecem estar ali para explicar a trama, do que criar uma conexão com o público, visto que suas motivações são muito fracas. Sabemos que o mundo pode acabar, é citado o termo guerra fria, guerra mundial, porém não é perceptível a urgência dessa situação. O ritmo da história é pelo todo, por tudo que acontece externamente, nunca motivado pelos personagens.

No geral o filme é exaustivo, diante de tanta informação que é cuspida na trama, exigindo demais do público para o entendimento de certas coisas. Ao chegar ao final percebemos que mesmo diante de uma história complexa, as jornadas dos personagens são simples demais e até mesmo rasos por conta de suas motivações.

HOJE NOS CINEMAS

por Andrei Morais

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